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Médicas se unem pela valorização da mulher, equiparação de direitos e fim do assédio no ambiente de trabalho

Os homens ainda são maioria entre os médicos em atividade no Brasil, mas a diferença em relação às mulheres vem diminuindo ano a ano, segundo dados do levantamento mais recente do Demografia Médica. Os homens representam 53,4% da população de médicos e as mulheres, 46,6%. Apesar do crescimento das mulheres na área, as médicas vivenciam uma realidade marcada pela disparidade salarial em relação aos homens que ocupam os mesmos cargos, a ausência de direitos relativos à maternidade e o assédio no espaço de trabalho. Também chama a atenção a reduzida presença de mulheres no corpo docente das faculdades de medicina, nas entidades representativas da categoria e nos cargos de liderança administrativa dos grandes hospitais. Diante deste cenário, o grupo “Mulheres na Oncologia”, formado por três médicas que combatem o câncer na Bahia, busca se posicionar em defesa da valorização das mulheres na medicina. 

“Somos tão ou mais competentes do que nossos colegas do sexo oposto e, portanto, não há porque não ocuparmos as mesmas posições ou recebermos salários menores do que eles. Só porque algumas de nós também decidiu ser mãe não significa que ‘rendemos menos’. Somos conscientes da nossa capacidade e potencial”, declarou a oncologista Renata Cangussu, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC-BA) e uma das integrantes do grupo “Mulheres na Oncologia”. Composto também pela pela rádio-oncologista Elisângela Carvalho e pela oncologista Samira Mascarenhas, o grupo foi formado em 2020 em torno de desafios e objetivos em comum identificados entre as médicas. 


Além de combater as diferenças de oportunidades no trabalho decorrentes do gênero e de lutar pelo direito das mulheres de viver um equilíbrio saudável entre sua vida pessoal e profissional, as “Mulheres na Oncologia” trabalham para melhorar a qualidade de vida e o bem estar de pacientes oncológicos, através da oferta do que há mais de atual e funcional nos tratamentos dos mais diversos tipos de câncer. “Assim como batalhamos pela equidade de direitos e valorização profissional, incentivamos nossas pacientes mulheres a fazerem o mesmo, de modo que elas se empoderem e, com isso, vivam cada vez melhor”, frisou Samira Mascarenhas. 


Para a rádio-oncologista Elisângela Carvalho, o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional tem o potencial de fazer qualquer mulher gerar resultados imensuráveis em todas as áreas da vida. “Sou casada, mãe de uma menina e médica. Minha batalha para dar conta de tantos papéis é diária. Por vivermos isso na pele, fazemos questão de ajudar as pacientes que, como nós, assumem múltiplos papéis com dedicação. Por isso, as incentivamos a não desistirem de seus sonhos, mesmo quando o nosso gênero pareça uma barreira”, concluiu a médica. 


Assessoria de Imprensa

Cinthya Brandão

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