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Com grande esforço, servidores do INSS vestem a camisa, receberam em 2018: 4,8 Milhões de pedidos de benefícios, negaram 1,9 milhões e concederam 2,5 milhões

O vice-presidente Executivo da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social-Anasps, Paulo César Régis de Souza, disse hoje que o INSS, apesar da escassez de pessoal, pois mais de 3.000 mil servidores se aposentaram nos últimos 18 meses, continua mantendo o alto padrão de atendimento e de prestação de serviços, tendo recebido de janeiro a junho de 2018 nada menos que 4.892.358 pedidos de benefícios previdenciários e por incapacidade (acidentários); indeferiu 1.954.765 e concedeu 2.585.999, um pouco mais de 50% sobre o que foi requerido.

Os dados abertos do INSS revelam que dos 4,8 milhões de requerimentos de benefícios, 2,3 milhões foram por incapacidade, principalmente auxilio doença e a aposentadoria por invalidez, e 2,5 milhões foram pedidos de aposentadorias, pensões, auxílios e salário maternidade. Entre os 2,5 milhões de benefícios concedidos, 1.4 milhão foram por incapacidade e 1,1 milhão de previdenciários. Entre os 1.9 milhão de benefícios indeferidos, 1,2 milhão foram por incapacidade e 717,7 mil de previdenciários.

“É inegável que os brasileiros estão desconfiados não apenas do INSS, não em função da longa espera de marcação de atendimento através do sistema telefônico, que acabou por instituir uma fila oculta, mas principalmente pelo medo de que uma reforma da previdência social, que poderá ser feita, acabe com mais redução de conquistas sociais e de direitos previdenciários”, disse, assinalando que o INSS ainda tem mais de 65 milhões de segurados contribuintes e que a espera de um futuro tranquilo se transformou em pesadelo”.

Paulo César, citando dados do DatANASPS, o centro de dados previdenciários da entidade que reúne 50 mil servidores ativos e inativos do INSS, observou que os segurados contribuintes ainda não se deram conta do que lhes espera em termos de benefícios, advertindo que hoje dos 35, 4 milhões de benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS, 23,3 milhões representando 66,91%, recebem um salario mínimo, incluindo os 10 milhões de aposentados e pensionistas rurais, os 4,4 milhões de benefícios assistenciais e 10,0 milhões de urbanos.

“Os benefícios são relativamente baixos e na maioria dos casos não representam 70% do último salário na ativa, como era o propósito do Regime Geral de Previdência Social-RGPS. A crise da Previdência rompeu com este paradigma. Convém lembrar que os benefícios assistenciais, para que nunca trabalhou e pessoas com necessidades especiais, e os benefícios “previdenciários” rurais recebem salário mínimo, sem contribuição. Os trabalhadores urbanos estão obrigados a contribuir por 35 anos para receber um salário mínimo e ainda contribuir para o financiamento dos rurais. Isto e injusto e tem que ser objeto de qualquer reforma que se faça da previdência. A reforma terá que se concentra em resolver o financiamento do RGPS”.

Byanca Guariz
Comunicação ANASPS

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