Crônica anacrônica: de um País
A “História”, que não aprendestes nos Bancos Escolares.
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| Foto: Ricardo Manhães |
Neste relato sucinto (crônica), apresento aos leitores episódios não contados nos nossos livros didáticos, mais especificamente no contexto da independência do Brasil. No entanto, são contraditórios, à realidade ao mesmo tempo, dito por renomados historiadores e pesquisadores.
A independência por ter sido conduzida, como na maioria das vezes, históricas, pela elite dominante da época não resultou em mudanças estruturais expressivas nos âmbitos político, econômico e social.
O processo de independência do Brasil, começou com a chegada da família real à colônia brasileira em 1808, período no qual as tropas francesas, comandadas por Napoleão Bonaparte, invadiram Portugal, D. João VI, rei português, fugiu do país e se instalou no Rio de Janeiro. Durante uma viagem política, no dia 07 de setembro de 1822, ao se aproximar do Ipiranga, localizado no estado de São Paulo, e receber uma carta escrita pelo ministro José Bonifácio e pela princesa Leopoldina, o grito de independência foi dado por D. Pedro e o país foi declarado emancipado de Portugal, transformando-se em monarquia.
A “História mal contada” da independência do Brasil destaca-se como a narrativa oficial do “Grito do Ipiranga” simplifica um processo complexo excluindo a participação de grupos marginalizados como negros e indígenas, perpetuando uma visão eurocêntrica e ignorando a violência e o protagonismo feminino, diga-se Maria Quitéria, Joana Angélica, e Maria Felipa, que tiveram um papel central nas lutas, mas seus nomes e ações são frequentemente apagados dos livros de história que se concentram na *perspectiva eurocêntrica.. (A perspectiva *eurocêntrica, ou eurocentrismo, é uma visão de mundo que coloca a Europa como o centro e referência para o desenvolvimento, o progresso e a racionalidade, vendo a cultura, a história e os valores europeus como superiores e universais, enquanto desvaloriza ou ignora outras culturas e civilizações não ocidentais. Manifesta-se na educação, na cartografia e na forma como a história é contada, perpetuando preconceitos e visões coloniais que foram impostas através da exploração e dominação de outros povos).
O evento foi mais um processo, com diversas batalhas e figuras, e menos um momento isolado de um único herói e o Brasil independente manteve a escravidão e privou muito de direitos.
Segundo o escritor e jornalista Laurentino Gomes, registros da história do Brasil mostram que Dom Pedro estava montado em um animal de carga, provavelmente uma mula ( besta baia gadeada), e não em um cavalo. Além disso, ele sofria terríveis dores intestinais no dia da independência. Na época, quem o acompanhava eram fazendeiros e pessoas comuns do Vale do Paraíba (São Paulo), isso porque os dragões da Independência, que aparecem na tela em “O Grito do Ipiranga” de Pedro Américo - (1888), não existiram na época. ( Vejam aí! a figura do marketing retroagindo ao tempo ).
Dom Pedro foi deixado no Brasil como príncipe regente. Em quadros e livros de história, ele costuma ser retratado como um herói, libertador às margens do Rio Ipiranga. A mitologia por trás do processo de independência foi importante para legitimar a identidade nacional brasileira. Ao longo do século XIX, principalmente, havia a preocupação de elevar o Brasil em comparação às repúblicas vizinhas.
Estes relatos são plausíveis em qualquer época, situação geográfica, sociológica etc. visto que estamos praticamente às portas de eleições majoritárias e legislativas e que, em um futuro muitos desses que pedem o seu voto, vão querer, quem sabe, entrar na " Istória ", do nosso país como os que os chamo de Pseudos Heróis quando nada mais são, na maioria das vezes, verdadeiros "paladinos da moralidade". Existem, claro, muitas outras incoerências que nos são contadas nas "istorias do Brasil" e do mundo como todo, mas com certeza serão objetos de outras análises, crônicas e artigos. Afinal, como sempre lhes digo na maioria das vezes ou na sua totalidade quem faz a "istoria" é quem vence a guerra.
Artigos, crônicas, livros, são iguais a uma boa música, quanto mais envelhecem, eternizam-se, perpetuam-se. Acredite.
João Bosco, - Boskinho Brazil – Articulista, Analista, Matemático, Mestre…










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