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Aos 80 anos, falece padre Sabino Mariga, vítima de covid-19; ele já trabalhou em Jaguarari

Padre Sabino Mariga era natural de Erechim (RS), filho de agricultores. Um dia, alguns padres da Consolata foram visitar a família e o pequeno Sabino, então com 10 anos, gostou da conversa dos missionários. 

Passaram-se quase três anos e o padre Joaquim Quessada perguntou a ele se queria ser padre. Sabino aceitou e entrou no Seminário em 1954. Estudou em Rio do Oeste (SC) de 1958 a 1963 e foi para São Manuel (SP), onde fez o noviciado. Ordenou-se em 12 de dezembro de 1971 e trabalhou um ano em Jesuítas (PR). Depois foi para Manaus (AM), Paróquia Santa Luzia. Em 1980 trabalhou em Maturuca (RR), nas missões, e aprendeu muito, ficou por sete anos trabalhando com os indígenas Macuxi, a 300 km de Boa Vista, capital do estado. 

Em entrevista exclusiva concedida em janeiro desse ano à revista Missões, padre Sabino lembrou de um acidente na missão em Roraima, em que viu a roda do próprio carro sair rolando à frente e de outra ocasião em que numa descida, o freio do carro falhou e um rapaz caiu e ficou enroscado entre os dois pneus. Quando conseguiu parar, padre Sabino pensou que o rapaz estivesse morto, mas só havia sofrido pequenos arranhões! 

Morou por oito anos em Alto Alegre (RR), de onde tinha as melhores lembranças. Foi ainda pároco em São Manuel, trabalhou em Jaguarari (BA) por quatro anos, uma paróquia com 90 comunidades. Padre Sabino estava na Casa Regional em São Paulo desde 2013, onde continuava sua Missão, sendo responsável pelas compras e alimentação dos demais missionários. 

Sentia-se animado com a possível canonização do Fundador, afirmando que estava "esperando por esse momento como uma Graça. É mais um santo no céu. Que ele nos proteja, nos ampare, e nos ajude a continuar na caminhada. Temos missionários e missionárias que podem ser santos, mas precisamos que o Fundador seja também. Seremos muito mais alegres e quem sabe a nossa Congregação caminhará melhor”. 

Por Maria Emerenciana Raia

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