Jaguarari: Comando 93 emite carta aberta em decorrência dos resultados da Gincana e desdobramentos dos mesmos
Excelentíssimo Senhor Prefeito Everton Carvalho Rocha.
Excelentíssimos senhores organizadores da I Gincana da Integração.
Excelentíssimos senhores da Comissão Julgadora.
Excelentíssimos senhores munícipes de Jaguarari e região.
A Equipe Comando 93, no uso de suas atribuições como grupo competidor da referida Gincana, vem, através desta Carta Aberta, manifestar seu pensamento, a respeito de inúmeros acontecimentos relativos ao evento, ao passo em que também se utiliza de seus direitos de recorrer ao resultado final, uma vez que inúmeras controvérsias o envolvem, coisas tais que serão minuciosamente expressadas na redação que segue.
Desde antes do início propriamente dito da Gincana, mais precisamente no dia 30 de Julho 2019, foi publicado o edital oficial de número 003/2019, que regeria o evento. Desde então, suas normas passaram a vigorar para todos os envolvidos, que se dedicariam dali em diante, a cumprir todas as tarefas pré-determinadas, como as imediatamente determinadas e objetivas, estas últimas, nos dias de realização, sendo eles de 3 a 6 de agosto de 2019.
Em tal documento, havia colocações não muito nítidas em alguns aspectos, mas bastante nítidas em outros. Exclusivamente em relação às determinações a despeito da pontuação de cada prova, o parágrafo único do item 08 determina que "os critérios serão julgados conforme prova executada e corresponderão à soma de pontuação resultando o valor de 100 (cem) pontos."
Fugindo-se à própria norma, a comissão organizadora decidiu pontuar as equipes de forma peculiar na prova antecipada de arrecadação de alimentos. Sendo estes, contados um a um como um ponto para cada alimento.
Pontuação esta que foi crucial para o resultado final que colocou a Equipe Comando 93 em segundo lugar. A mesma havia sido campeã no total de pontos, antes de somada essa pontuação da referida prova. Uma vez que, a equipe Filhos de Onça sofreu punições por atuarem de forma indecente, usando de diversas artimanhas para vencerem de forma injusta, não completaram, inclusive, tarefas como exigia o regulamento.
Por exemplo, o mesmo utilizou-se de meios automobilísticos durante a realização de provas, assim como caluniaram nossos links como sendo "vírus", para que não conseguíssemos vencer também na prova de compartilhamento de vídeo. Essas atitudes foram punidas, portanto, faz-se necessário também, agradecer a Comissão Organizadora/Julgadora nesse aspecto, pois quanto a isso, cumpriram o edital.
Porém, retornando-se à questão envolvendo a contagem de alimentos, a Equipe Filhos de Onça pontuou 2.225, enquanto que a Equipe Comando 93 pontuou 1.408. Os valores descritos foram somados à pontuação de cada equipe, o que fez com que o grupo Filhos de Onça passasse à liderança e levasse o prêmio principal. Diante disso nos questionamos, se o objetivo de tal evento, além do cunho social, não era promover a cultura e a integração dos munícipes da melhor forma possível. Como poderia uma prova como essa (arrecadação de alimentos), determinar o primeiro lugar entre as equipes, tendo em vista que a diferença de poder aquisitivo entre seus membros é clara e bastante discrepante.
A Equipe que vos escreve, é composta em sua maioria por pessoas de baixo poder aquisitivo. Fator este, extremamente importante em se tratando de uma gincana como esta, pois a facilidade para conseguir inúmeras coisas, é nitidamente superior para quem dispõe de mais dinheiro. Além disso, o fato de a contagem de alimentos ter sido somada à parte, sendo adicionada após o "resultado final", e não em conjunto com todas as pontuações, deixa um vasto questionamento a respeito da escolha do campeão. Pois ficaria óbvio quem venceria, dando chance à escolha desse grupo, através da nota na referida prova destacada.
A Equipe Comando 93 venceu nas atividades que encantaram o público, levando inclusive a pontuação máxima na maioria delas.
Nos dedicamos, nos superamos, fomos além do que imaginávamos, mas não soltamos o tão sonhado grito de vitória, grito este muito mais valioso que qualquer valor pecuniário.
Não reivindicamos pela diferença de mil reais no prêmio entre primeiro e segundo lugar, reivindicamos o merecido sabor da vitória, pois esta, assim como nossa humildade e honestidade não tem dinheiro no mundo que pague.
Levando-se em consideração o método de pontuação adotado pela Comissão Organizadora no que diz respeito à prova dos alimentos, seria simples vencer a competição, apenas enviando-se uma grande quantidade de alimentos, não sendo necessário sequer participar das outras provas para conseguir vencer. Ou seja, se alguma equipe começasse a juntar dinheiro para comprar muitos ítens, a entrega dos mesmos seria suficiente para vencer o evento. Mesmo que a equipe hipotética não realizasse nenhuma atividade cultural.
Colocando-se ainda em outras palavras, se uma equipe juntasse 30 mil itens e os entregasse, ela venceria uma equipe que passou 4 dias encenando, apresentando, emocionando o público com suas atividades artísticas. Além dos dias anteriores, batendo de porta em porta pedindo a contribuição de cada pessoa da cidade.
Desde o inicio das provas nos sentimos fortemente desfavorecidos e penalizados. Fugia-se à regra do edital apenas no que lhes era conveniente, e a Equipe Comando 93, guerreira que é, não se calou, reivindicou tudo que era possível e pedia apenas que fosse cumprido o regulamento do edital lançado para este fim.
Tivemos um de nossos membros de apoio expulso da gincana por nada fazer, além de ingerir bebida alcoólica em um recinto desta cidade, estabelecimento este que não era no espaço da Gincana e não se tratava de membro INSCRITO na equipe, assim como foi claramente anunciado, o mesmo nada descumpriu, mas seria penalizado da mesma forma. Tal atitude foi aceita, mesmo sem entendermos o real porquê, vez que o edital em seu item 10.1.3 é claro em dizer que: “É proibido o uso de bebida alcoólica, fumo ou substâncias ilícitas no recinto da gincana por qualquer integrante da equipe.” Os integrantes das equipes possuíam seus nomes inscritos em lista que acompanha o regulamento.
Dificuldade sanada, tivemos ainda que lidar com o fato de sermos punidos por nos retirarmos do local da Gincana, para o fim e até que, a Comissão ou os Jurados cumprissem o edital, ou seja, que uma prova lançada pelos mesmos fosse cumprida por integrante inscrito na equipe. Iludidos que isso ocorreria, retomamos ao recinto da Gincana, porém, lamentavelmente não cumpriu-se a regra e ainda fomos atrapalhados no cumprimento da prova. Devido ao calor e emoção da mesma, a plateia foi se aproximando, até que um senhor, possivelmente embriagado, entrou no meio de uma das competidoras e a desconcentrou, fato visto por um dos organizadores, porém o mal já havia sido feito, fator crucial para o resultado da prova, uma vez que exigia-se força para seu cumprimento. Porém em relação a esta última nada foi feito, mas a equipe foi penalizada por reivindicar o que deveria ser a regra, e penalizada de forma grave, ou seja, na retirada máxima de pontos.
A punição acima referida não consta no item 10 que descreve as INFRAÇÕES.
Como se não bastasse a Equipe concorrente na prova de vídeo criativo do item 7.2.2, 2º, b, não cumpriu a prova, pois a exigência para a realização da mesma era que no vídeo contivesse a divulgação do dia, horário, tema do evento e o desfile de aniversário do munícipio, mas a mesma tão somente divulgou que haveria gincana e sua data. A atitude correta seria a não pontuação da equipe, o que não ocorreu. Inclusive por ser expressa a exigência para a realização da prova em edital, não se sabe o porquê do desacordo.
Também na prova que era exigida a passagem de membros das equipes com o auxílio dos braços por sobre os demais componentes, era vetado que não se tocasse os pés no chão para este fim, até que o primeiro participante chegasse a ser o primeiro da fila novamente. A Equipe adversaria não agiu com a verdade, o que foi demostrado em vídeo para os Organizadores, porém, nada foi feito a respeito de mais um descumprimento de execução de prova.
Não houve clareza no desenrolar da gincana, como explicita a atitude acima descrita, constituindo-se como diversa do edital e que não se aplica aos casos omissos, incorre apenas na falta de aplicação da regra elaborada.
Ainda, com o sentimento de consternação e por acreditar em justiça e imparcialidade, informados de que as atitudes tomadas, de mudar pontuação de prova foram feitas pela Comissão Organizadora do evento, e não pelo corpo de jurados, como também requer o edital, vejamos seus itens 9.1.5: “Todas e quaisquer decisão serão tomadas pela Comissão Julgadora sendo vetada a interferência de qualquer membro da Comissão Organizadora ou outras autarquias. “ e 9.1.6: “Em caso de surgimento de duvidas em relação a pontuação ou penalidades, a Comissão Julgadora deverá consultar, exclusivamente, o edital que estará de posse.”
A Equipe foi considerada vitoriosa pelos jurados, que nos parabenizou pela competição, foi claro que ganhamos a maioria das provas mais importantes, lançadas no decorrer da I Gincana da Integração, não sabendo por que a Comissão Organizadora optou por mudar pontuações no fim da competição justamente onde éramos vulneráveis, punir indevidamente e ainda em nota máxima ou não fazer valer o critério de realização de prova que descreve o edital.
Neste momento solicitamos o posicionamento acerca do questionado pela Equipe. Haja vista que o prazo para entrega dos prêmios ocorrerá em até 15 dias após o término das provas da Gincana, entende-se que também é válido recorrer a possíveis erros, como o presente meio de comunicação expressa. O desejo não é de causar quaisquer transtornos, apenas sentir que ainda existe imparcialidade, seriedade, honestidade e acima de tudo confiança, por não se tratar de uma única pessoa a ter o seu suor roubado, mas sim várias, jovens fortes, guerreiros, talentosos e persistentes, que competiram com total honestidade e decoro, querendo apenas que as regras fossem cumpridas para ambos os lados, por levar a Gincana que abrilhanta o aniversário da cidade muito a sério.
Por fim, informamos que o intuito deste ato é justamente para não descredibilizar tão grande evento que movimentou toda a cidade em seu aniversário de 93 anos, pois, sabemos que como humanos somos falhos, e erros podem ser sanados, e que o justo deve prevalecer.
Desejamos estar novamente no circuito competindo o ano que vem. Não nos levem tal esperança, por não mais acreditar na justiça.
Agradecemos imensamente a todos que nos apoiaram, torceram, vibraram e o continuam a fazer, tecendo elogios incomparáveis e impagáveis. Agradecemos também ao Excelentíssimo Senhor Prefeito, pelo incentivo a esta incrível atividade cultural que tem imensa importância em uma cidade tão necessitada desse apoio. Fica aqui o nosso muito obrigado!
Assina: Equipe Comando 93.
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