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Produtores apoiados pela Codevasf participam da 6ª Conferência Brasileira de APLs‏


Associações de produtores apoiados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) participam, de 3 a 5 de dezembro, em Brasília (DF), da  6ª Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais. O tema da edição deste ano é “Sustentabilidade dos APLs: Governança, Conhecimento e Inovação”.
O objetivo da conferência é reunir e mobilizar os segmentos produtivos e as principais instituições governamentais e não-governamentais, para, por meio da troca de informações e de experiências, aprimorar as políticas de estímulo ao desenvolvimento local e regional, com soluções voltadas ao incremento da competitividade da e sustentabilidade.
A Codevasf é membro do Grupo Permanente de Trabalho para Arranjos Produtivos Locais (GTP APL). O grupo é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e conta com 33 instituições governamentais e não governamentais que trabalham de forma articulada buscando o apoio integrado aos APLs.
Entre as entidades apoiadas pela Companhia que participam do evento estão a Associação Comunitária de Pequenos Produtores Rurais de Riacho Dantas e Adjacências (MG), a Cooperativa Regional dos Apicultores do Médio São Francisco - Coopamesf (BA), a Associação dos Pequenos Produtores de Uva de Bebedouro - Appub (PE), a Associação Brejograndense de Criadores de Abelhas e Artesões (SE), a Associação de Produção Artesanal de Cosméticos de Maravilha - Natucapri (AL), a Central de Cooperativas dos Cajucultores do Estado do Piauí - Cocajupi (PI) e a Agroindústria de Processamento de Frutas do Assentamento Marrecas - APFrutas (PI).           
Para Maria de Lourdes Pereira, vice-presidente da APFrutas, a participação da entidade na conferência é importante para divulgar os produtos e trocar experiências. “Nossa associação foi criada há três anos com o objetivo de envolver as mulheres em um trabalho para incrementar a renda doméstica. Antes, fazíamos doces de forma artesanal e hoje, com apoio da Codevasf, temos uma pequena agroindústria para processamento de frutas. Produzimos doces de goiaba, umbu, tamarindo, caju e geleia de uva. Estamos muito animadas com o trabalho. A gente tem certeza que vai dar certo”, afirma Maria de Lourdes.
Para Deise Silva, analista da Codevasf que está coordenando a participação desses produtores no evento, esta “é uma excelente oportunidade para expor os produtos de entidades apoiadas pela Codevasf, são todos produtos oriundos da agricultura familiar e já estão inseridos no mercado, o que esperamos é que outros mercados sejam alcançados já que os produtos têm uma excelente qualidade”. 
A programação da conferência contará com paineis, mesas redondas, apresentações de experiências locais, mostra e comercialização de produtos. Para mais detalhes, acessar o link:http://portalapl.ibict.br/CBAPL/6cbapl/programacao1.html.
Apoio à estruração dos APLs
A Codevasf apoia a estruturação dos Arranjos Produtivos por meio da mobilização e orientação dos produtores, que são estimulados a atuar associadamente. Após a identificação dos pontos frágeis da cadeia produtiva, a Codevasf busca atuar na promoção de seu fortalecimento, seja na produção, por meio da doação de equipamentos, insumos e animais, seja na melhoria da qualidade do produto, com a construção de unidades de produção e beneficiamento, bem como em capacitações, necessárias para o êxito das atividades.
A Companhia possibilita também a participação dos produtores em eventos de comercialização e divulgação dos produtos e em eventos de intercâmbio e de transferência de tecnologias para produtores e técnicos. O apoio às ações ocorre de forma continuada, possibilitando a sustentabilidade dos empreendimentos.
“As capacitações visam, sobretudo, inserir o público jovem nessas atividades produtivas, como forma de garantir a continuidade dos projetos e a geração de renda e emprego”, explica Izabel Aragão, gerente de Desenvolvimento Territorial da Codevasf.
Desde 2004 a Codevasf atua na estruturação das atividades produtivas da aquicultura, apicultura, bovinocultura, fruticultura, ovinocaprinocultura, horticultura, mandiocultura, economia criativa, avicultura e cajucultura. A empresa promove o desenvolvimento regional em benefício das populações das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Mearim e Itapecuru.
A partir de 2012, a Codevasf, em parceria com Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI), passou a ser uma das principais executoras do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria - Programa Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária,  sendo as "Rotas de Integração Nacional" a principal estratégia da SDR/MI de atuação no adensamento de APLs.
“As ações de inclusão produtiva buscam promover o desenvolvimento local e possibilitar a que os beneficiários produzam alimentos para o consumo de sua família e comercialize o excedente, proporcionando o aumento de sua renda e gerando postos de trabalho, de modo a que as famílias deixem de fazer parte do público da extrema pobreza”, explica Izabel Aragão, titular da gerência da Codevasf responsável pela execução desse eixo.

Mobilização, cadastro, seleção e capacitação 

A metodologia de atuação envolve mobilização, cadastro, seleção e capacitação dos produtores. A apicultura é uma das atividades produtivas priorizadas. Desde 2012 a Companhia investiu cerca de R$ 38 milhões, beneficiando aproximadamente cinco mil famílias de apicultores.
São fornecidos kits apícolas compostos por equipamentos como colmeias, fumigadores e equipamentos de proteção individual e centrífugas. Além disso, a Companhia constroi e adequa unidades de extração de mel, entrepostos, unidades de beneficiamento de pólen ou de cera de abelhas, com o objetivo de inserir as famílias beneficiadas na Rota do Mel.  
Outra atividade prioritária é a ovinocaprinocultura. As iniciativas objetivam inserir os criadores na Rota do Cordeiro. Desde 2012 foram investidos R$ 2,5 milhões nesta atividade, principalmente nos estados da Bahia, Pernambuco e Piauí. O trabalho consiste em implantação de áreas de produção de forragem; construção de centros de manejo reprodutivo, centrais de terminação e unidades de transferência de tecnologia; fornecimento de equipamentos e picadeiras de forragem; e capacitação dos produtores.
No setor de aquicultura e pesca, cerca de R$ 5 milhões estão sendo aplicados em ações vinculadas ao Plano Brasil Sem Miséria. Serão fornecidos diversos equipamentos e insumos, tais como tanques-rede, ração, alevinos, apetrechos de pesca, em benefício de aproximadamente 500 famílias de piscicultores. Os Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf também fazem parte desta estratégia de impulso à atividade produtiva. Os Centros são polos de capacitação de produtores, difusão de novas tecnologias e produção de alevinos para os projetos sociais.
Outras iniciativas estão em andamento, também como parte do eixo de inclusão produtiva do Brasil Sem Miséria. É o caso do Projeto de Desenvolvimento Sustentável de Mandiocultura (Reniva). Com investimentos da ordem de R$ 30 milhões, este arranjo produtivo deve atender a três mil beneficiários por meio da implantação de unidades de multiplicação de manivas, de unidades de produção de mandioca e do fornecimento de tratores e implementos agrícolas, bem como da implantação de unidades de processamento de farinha e derivados de mandioca.
O Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Palma Forrageira (Repalma), por sua vez, contará com recursos da ordem de R$ 40 milhões e beneficiará 2.398 famílias por meio da implantação de unidades de multiplicação de raquetes de palma, de unidades de produção de palma e do fornecimento de tratores, implementos agrícolas e picadores de forragem. O objetivo é garantir reserva e segurança alimentar animal, principalmente para o enfrentamento de períodos críticos de seca.
No segmento de cajucultura de sequeiro, a Codevasf oferece apoio à produção nos estados de Alagoas e Piauí, por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cajucultura. Em Alagoas, inicialmente, serão distribuídas 480 mil mudas de cajueiro anão precoce destinadas à implantação de novas áreas de produção. Os recursos, em 2013, são da ordem de R$ 3,8 milhões. No Piauí estão sendo aplicados cerca de R$ 3,8 milhões para cadastro e seleção de agricultores; aquisição, transporte e distribuição de mais de 1,2 milhão de mudas de cajueiro anão precoce para replantio de áreas afetadas pela seca e ampliação de novas áreas de produção; e acompanhamento técnico e capacitação de produtores.
 Ascom Codevasf

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