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“Cacauicultores estão dispostos a marchar até Brasília”, afirma Félix Júnior‏


“Mais de três milhões de baianos sofrem as consequências diretas da crise da lavoura cacaueira, que já dura mais de duas décadas. São anos de endividamento na luta contra a vassoura de bruxa, perda de terras para os bancos, êxodo rural de milhares de famílias, desemprego em massa, desmatamento da Mata Atlântica, e aumento da violência urbana. Isso precisa acabar. Após as quatro audiências públicas que realizamos na região – em Itabuna, Ubatã, Apuarema e Ubaitaba – é visível que os cacauicultores estão dispostos a marchar até Brasília para exigir a anistia das dívidas. Precisamos recuperar essa lavoura tão importante para a Bahia e o Brasil”.

A afirmação é do coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Lavoura Cacaueira, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que realizou audiências públicas neste sábado (14) e domingo (15) em Apuarema e Ubaitaba, respectivamente, para discutir a Política de Preço Mínimo do cacau.

As atividades aconteceram na Câmara Municipal de Apuarema e na sede do Rotary Club de Ubaitaba, e contaram com palestra do economista Wellington Duarte da Ceplac. A ausência de representação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão ligado ao Ministério da Agricultura responsável pela execução da Política de Preço Mínimo, bem como o preço mínimo atual de R$ 75 para a arroba da amêndoa de cacau, foram duramente criticados pelos cacauicultores.

Assentados, produtores e lideranças da região estiveram presentes, a exemplo de Dorcas Guimarães, representante do Instituto Pensar Cacau e Associação Agir; do cacauicultor Cledenor Soares; Antônio José Santana Vasconcelos, presidente do Rotary Club de Ubaitaba; Bêda Almeida, prefeito de Ubaitaba; Joselene Barreto e George Carlos, prefeita e vice-prefeito de Apuarema, respectivamente; Wesley Faustino, vice-prefeito de Ubatã; Antônio Porqueres, presidente da Câmara de Vereadores de Ubaitaba; Joedário Santana, presidente da Câmara de Vereadores de Apuarema; do advogado Márcio Magalhães, do escritório de advocacia Brandão, Cunha e Orge; do tenente coronel Serpa, do 19º BPM de Jequié e do vereador Glebão Carvalho de Itabuna.

Os eventos contaram com o apoio e a cobertura da mídia regional com os jornalistas Humberto Hugo, Norma Ribeiro e Luíse Beatriz (Rio das Contas FM e Jornal Tribuna da Região); Guto Santos (Cidade Sol FM); Jackson Cristiano (Ubaitaba FM); Zebrão (Blog do Zebrão); e Joel Filho (TV Itabuna).

Brasília – Félix Júnior destacou também a aprovação na última quarta-feira (11) do Requerimento 434/2013 na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados para a realização de uma audiência pública com o objetivo de discutir o endividamento dos cacauicultores.

Representantes do Ministério da Agricultura, do Tesouro Nacional e dos bancos credores serão formalmente convidados para a atividade, que aguarda definição de data pela própria Comissão de Agricultura.

“Apenas no Banco do Brasil, a dívida dos cacauicultores ultrapassa R$ 1 bilhão e 40 milhões, sendo que 95% dessa dívida está na Bahia. Os produtores foram obrigados pelos bancos a utilizar técnicas da Ceplac, que se mostraram ineficientes no combate à vassoura de bruxa e, por isso, não puderam honrar seus débitos. A Ceplac reconhece isso, mas esse entendimento e a necessidade da anistia precisam se tornar pontos pacíficos no governo federal. Precisamos mobilizar a região cacaueira e fazer pressão para que isso aconteça”, defendeu o parlamentar.

Ascom Dep. Félix Júnior

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