Após volta às aulas, professores da rede estadual já têm data para nova paralisação
Estudante da 8ª série, Estefane Rodrigues, 14 anos, lembrou que uma nova paralisação agora só vai prejudicar ainda mais sua vida. “A greve comprometeu meus estudos”, lamentou a adolescente. Estefane pensa em ir para uma escola particular, já que tem planos de prestar vestibular para Medicina. “Na greve, fiquei com medo de perder o ano. E ainda as aulas demoraram para começar. Vou rezar para que não tenha uma nova greve”. Considerado pelos professores o aluno referência da Escola Parque, Caíque Santos Nascimento, 15 anos, disse estar feliz por voltar às aulas após um mês de férias. “Acho estranho voltar à escola em plena quarta-feira, mas é legal ver amigos e professores”.
Cursando o 2º ano, o jovem tem planos para um futuro promissor, como se preparar previamente para o Enem e depois fazer faculdade de Publicidade. Caíque também sofreu com a greve dos professores e não vê com bons olhos a paralisação neste início do ano letivo. “A última greve foi longa demais, atrapalhou muito. Faltou entendimento entre professores e governo”. Os colegas Ícaro Santana, 18 anos, Lucas Lopes, 15, e Lismar Sacramento, 18, que fazem o 2º ano, desabafaram ao falar sobre os momentos que viveram. “Para mim não valeu em nada, (a greve) só prejudicou”, desabafou Lucas. Sobre o retorno às aulas, Ícaro se mostra empolgado. “Este ano entraram professores novos, isso passa uma boa impressão”. Já Lismar torce para que a paralisação fique só nos três dias. “Se prolongar, seremos prejudicados”. Segundo o secretário da Educação, Osvaldo Barreto, apesar da greve, o governo conseguiu normalizar o calendário, com os 200 dias letivos que devem ser cumpridos. Segundo ele, as matrículas continuam abertas.
Os interessados devem se dirigir à unidade de ensino onde desejam estudar, que pode ou não ter vaga. O ano letivo terminará em janeiro de 2014 e os alunos terão aulas em 12 sábados deste ano. Mas estão garantidos os recessos de São João e Natal. Com relação aos estudantes que vão fazer vestibular, Barreto garante que não haverá prejuízo. “Eles vão conseguir fazer o Enem em outubro, que hoje é o grande elemento de seleção para as universidades”.
Fonte: Correio*
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