"Anseios, ações e resultados"
Anseios, ações e resultados.
Sem dúvida,
o tema mais recorrente em editoriais e artigos, desde outubro, tem sido
análises pragmáticas a respeito das eleições - salvo quando surgem novos casos
de corrupção, que já são praxes habituais em via de regra. Exceção é para os
que não praticam essas iniquidades. Aponta-se o saldo de hoje e articulam-se
pretensos vencedores das eleições de 2014.
Inegavelmente,
nomes como o de Eduardo Campos e Aécio Neves estão em evidência e avançam com
suas peças no tabuleiro político, uma vez que obtiveram destaque nas disputas
municipais. Entretanto, o fator preponderante para o agora não é discutir ou
prognosticar o que haverá de acontecer daqui a dois anos. Vislumbrar tão
somente o futuro é refutar viver o presente na sua plenitude. Muitos fatos
ocorrerão e a atual conjuntura passará por rearranjos, seja atendendo
interesses partidários, seja buscando a manutenção do poder.
É tempo, sim, de
sensibilizar-se de fato aos anseios do povo - que depositou confiança e
credibilidade nas urnas- e atenuar ou até mesmo sanar os déficits estruturais
da engrenagem do desenvolvimento. Torna-se condição fundamental, aos prefeitos
eleitos, afinco e compromisso contumaz para por em prática medidas efetivas que
alcem o Brasil como um país verdadeiramente competitivo. Apesar de estarmos
entre os cinquenta países mais competitivos do mundo, exatamente o 48º,
desfrutamos da condição coadjuvante, na qual poderíamos ser protagonistas.
Portanto,
essa tem de ser a diretriz dos gestores municipais, estaduais e federal.
Necessitamos explorar ao máximo o potencial do país e convergir todas as
energias em prol do benefício coletivo. A maré está ao nosso favor. Precisamos
aproveitar. Não é prudente ter como pauta prioritária jogos e cenas políticas.
Pelo contrário, a sociedade almeja resultados, mas precisa deixar a
cumplicidade tolerante e compreensiva de lado para exigir ações imediatas. Não
é tempo para firulas e vaidades. Teremos de ser atores participativos no
processo de progresso, fiscalizando e pondo as rédeas no prumo de nossas
cidades e, consequentemente, do Brasil.
Enfim, se
não mudarmos o foco, ficaremos fadados às práticas político-eleitoreiro que vem
cada vez mais enojando o povo. Mas, há sempre a esperança no fim do túnel.
E a perspectiva de avanço passa pelas boas escolhas, à medida que os
administradores públicos preferirem meritocracia a fatiamento de cargos, sem
dúvida, trilharemos um novo futuro. É esperar pra ver.
Por Tiago Almeida Fonseca Nunes
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