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Professor da Univasf desenvolve supercapacitor no Massachusetts Institute of Technology (MIT-USA)‏

Com aplicação na indústria de eletrônicos portáteis, carros híbridos elétricos e biossensores, estes dispositivos à base de grafeno prometem avanços significativos à tecnologia de armazenamento de energia.

Diminuir a dependência de combustíveis fósseis como o petróleo, utilizando a energia solar como fonte para carros híbridos elétricos. Esta é apenas uma das possibilidades de aplicação da pesquisa que o professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Helinando Pequeno de Oliveira, está desenvolvendo nos Estados Unidos, em seu pós-doutorado, com o objetivo de criar novos dispositivos (sensores e capacitores), aplicados tanto na indústria de energia elétrica quanto no diagnóstico rápido de doenças.

Após dois meses de atividades no Institute for Soldier Nanotecnologies do Massachussetts Institute of Technology (MIT), os primeiros resultados começaram a surgir: professor Helinando desenvolveu um supercapacitor de 43,79 F/g, produzido com grafenos e polímeros condutores em substituição aos metais como cobre e isolantes como a mica usada na produção de capacitores.
“O supercapacitor é um elemento de armazenamento de energia com um desempenho com ordens de grandeza maior do que os dispositivos atuais, podendo ser carregado por células solares, e que substituirá, em breve, as baterias convencionais em automóveis híbridos, que tendem a usar cada vez mais a energia solar”, explica. Segundo ele, outra contribuição da pesquisa envolvendo estes dispositivos é a aplicação na medicina diagnóstica. “Os supercapacitores também podem ser usados como sensores biológicos e nesse sentido estamos iniciando uma nova linha de pesquisa, voltada para a detecção e quantificação de ácido úrico”.
De acordo com professor Helinando, o desafio agora é produzir supercapacitores, ainda mais eficientes, que também poderão ser aplicados como sensores. A próxima etapa, afirma o pesquisador: “será estabelecer um método simples e barato de síntese que permita melhorar ainda mais os atuais 43,79 F/g, possibilitando a produção de materiais de alto desempenho”.
Na prática, estes estudos em desenvolvimento na atualidade, possibilitarão inúmeras aplicações tecnológicas, passando pela produção de biossensores, ainda mais eficazes na detecção precoce de doenças, e por outras de uso da sociedade como telefones celulares, notebooks e tablets; mas, sobretudo, possibilitará inserir o Vale do São Francisco nas discussões científicas de grande impacto no país e no mundo.
Com o seu retorno à Univasf, o que deverá ocorrer em novembro deste ano, professor Helinando afirma que pretende continuar a linha de pesquisa com o MIT. “Essa é mais uma ação que visa estabelecer parcerias entre nossa universidade e os grandes centros de pesquisa pelo mundo, o que permitirá desenvolvermos trabalhos na fronteira do conhecimento”, destacou.

Professor Helinando Pequeno de Oliveira é pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Univasf, desde fevereiro de 2012. Está afastado temporariamente do cargo para a realização do pós-doutorado.
Coordenou por quatro anos (2007-2010), o primeiro mestrado da universidade (Ciência dos Materiais) que funciona no Instituto de Pesquisa em Ciência dos Materiais (IPCM/Univasf).

Klene Barreto de Aquino

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