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Ossada é achada e polícia apura se é de funcionária pública sumida em Jaguarari; preso, agricultor disse ter ateado fogo ao corpo


Polícia Civil disse ter encontrado uma ossada que pode ser da funcionária pública da Prefeitura de Jaguarari, no norte da Bahia, Sirleide de Souza Araújo, de 42 anos, que está desaparecida há quase 20 dias. Um agricultor preso suspeito de envolvimento no sumiço da mulher confessou, em depoimento, que assassinou a vítima a pauladas e ateou fogo ao corpo, segundo informou ao G1, nesta terça-feira (19), o delegado Felipe Neri Neto, coordenador da 19ª Coorpin (Senhor do Bonfim), e que está à frente das investigações.

O delegado informou que a ossada foi encontrada no final da semana passada na zona rural do município, no mesmo local onde o corpo da mulher teria sido queimado, conforme depoimento do suspeito preso, José Raimundo da Silva, conhecido como “Lolô” ou “Lolôzinho”, de 49 anos.
Os restos mortais foram encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) em Salvador. "Ainda não sabemos se trata-se de uma ossada humada. Isso somente o DPT vai dizer. Caso seja humana, vamos fazer o exame e DNA com os familiares da vítima", destacou.

Ainda de acordo com Neto, o agricultor preso já apresentou várias versões sobre o caso. "Ele tem muitas versões, e a gente precisa apurar todas. Sempre fala uma coisa e depois muda e diz outra coisa. Num dos depoimentos, cofessou que matou a vítima a pauladas e ainda apontou que tocou fogo no corpo. Só não disse o motivo", afirmou o delegado.

Prisão
O agricultor suspeito de cometer o crime e ocultar o corpo foi preso na noite de quinta-feira (14). José Raimundo da Silva estava com um mandado de prisão temporária em aberto. Conforme a polícia, ele foi a última pessoa vista com a vítima, que desapareceu no dia 31 de agosto.
De acordo com o delegado Felipe Neri Neto, as investigações revelaram que, no dia em que a mulher sumiu, José Raimundo foi até uma lan house de propriedade da vítima no centro de Jaguarari para solicitar serviço de fotocópias. Depois disso, a mulher não foi mais vista.

O aparelho celular e o relógio da vítima, que também desapareceram, foram encontrados depois, conforme a polícia. O relógio estava com um homem, que não teve identidade divulgada. Segundo a polícia, o homem alegou ter recebido o relógio de José Raimundo como forma de quitar uma dívida.
Já o celular da mulher, por sua vez, foi encontrado em um ponto de ônibus, na comunidade de Várzea Grande, na zona rural do município. À polícia, José Raimundo disse que o aparelho teria sido deixado no local por um ladrão que o furtou de dentro do seu carro. O agricultor disse, na ocasião, ter ficado com o celular da vítima por dois dias e alegou que Sirleide havia emprestado o telefone apenas para que aprendesse a usá-lo.

Caso
Familiares de Sirleide registraram o desaparecimento da mulher na delegacia do município, que investiga o sumiço dela.

De acordo com a polícia, a mulher foi vista pela última vez na porta da casa onde mora sozinha, no povoado de Catuní da Estrada, na noite de 31 de agosto. O desaparecimento foi percebido depois que a filha da funcionária pública tentou falar com ela e não conseguiu. A mulher foi até o local e não encontrou a mãe no imóvel.

Conforme a filha da funcionária pública, Alzirene Souza, a casa estava com as portas abertas. Os documentos da mulher foram encontrados dentro do imóvel. Já o celular dela não estava no local.

G1/BA

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