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Saiba o que fazer ao encontrar itens estranhos nos alimentos

Após denúncia na Delegacia de Defesa do Consumidor, material é enviado à Coordenação de Bromatologia Forense do Departamento de Polícia Técnica. (Foto: Alberto Maraux)
Quem nunca ouviu casos de insetos ou outros objetos estranhos em alimentos ou bebidas? Aí vem a dúvida, o que fazer nestas horas? O importante é guardar o produto e se dirigir a Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), na Rua Carlos Gomes, 746, Dois de Julho. Após registrar o fato, o material é encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde passará por perícia na Coordenação de Bromatologia Forense.

É justamente identificar falsificações ou alterações, inclusive a presença de veneno em alimentos e bebidas, o principal papel desta coordenação, produzindo laudos importantes que colaboram não apenas com investigações em prol da defesa do consumidor, como também com inquéritos, instaurados pela Polícia Civil para desvendar homicídios, tentativas de homicídio, falsificações de produtos, dentre outros delitos.

“A bromatologia é o estudo dos alimentos e bebidas, sua natureza e composição, e forense porque aplicamos esse conhecimento, relacionando-o a algum crime ou suspeita de crime”, explica Maiana Teixeira, perita criminal, integrante do Laboratório Central de Polícia Técnica. “Em nossas análises, já identificamos presença de parafusos, insetos e até um dente humano em alimentos”, recorda Teixeira.
Foto: Alberto Maraux
Em 2014, por exemplo, a coordenação foi acionada pela Polícia Civil para examinar um vinho, produzido clandestinamente no bairro de Valéria, em Salvador, e também na região do Centro Industrial de Aratu (CIA), em Simões Filho, na então 'Operação Baco'. “No local de fabricação, em Valéria, foi constatado o armazenamento inadequado e a presença de insetos. Além disso, a bebida era uma mistura de suco de uva, etanol e outras substâncias”, diz a perita.

Há dez anos na Polícia Técnica, Maiana Teixeira relembra que optou pela profissão por ter interesse pela parte investigativa. A coordenação também é responsável por ajudar na identificação de causas de morte nas suspeitas de envenenamento. Nestes casos, a substância mais encontrada é o chumbinho. “A incidência do uso deste inseticida, já utilizado como raticida inadequadamente, é muito grande”, afirma a perita, lembrando ainda que a existência de corpos estranhos em alimentos e bebidas e de insetos em alguns alimentos também são perícias comumente realizadas.

Para a delegada Idalina Otero, titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), o trabalho do DPT é fundamental para a comprovação da materialidade do crime. “Aqui, na Decon, fazemos muitas operações onde apreendemos alimentos impróprios para consumo humano, fora da validade, por exemplo, mas só os laudos periciais vão comprovar isso”, explicou a delegada, lembrando que o consumidor ao perceber algo de estranho no produto deve acionar a delegacia para que se inicie um inquérito policial.

Assessoria de Comunicação
Secretaria da Segurança Pública da Bahia

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